De acordo com a perspectiva anatomo-clínica, os sintomas neuropsicopatológicos da esquizofrenia correlacionam-se com alterações na fronte-temporo-límbica. As alterações perceptivas como as alucinações e os surtos delirantes, resultam de uma desarmonização anatomofuncional cortico-subcortical generalizada.
Evidências apontam para disfunção no sistema límbico, que está relacionado com a regulação dos processos emocionais e do Sistema Nervoso Autónomo. A disfunção está presente principalmente no hemisfério esquerdo do cérebro e na comunicação deste com o hemisfério direito. Assim o hemisfério esquerdo mesmo deficitariamente seria demasiadamente utilizado o que acarretaria em interpretações erróneas das mensagens advindas do hemisfério direito. Explicar-se-ia então as alucinações auditivas e as ideias delirantes, visto que a actividade verbal do hemisfério direito seria interpretada como provinda do exterior da mente.
Também estariam relacionadas à origem da esquizofrenia outras áreas límbicas como o córtex pré-frontal, a amígdala, o hipocampo, o tálamo.
Quanto aos neuro transmissores na esquizofrenia é dispensada grande relevância a teoria dopaminérgica, a qual defende que a génese dos sintomas psíquicos desta doença resultaria de alterações na transmissão dopaminérgica no sistema límbico e no córtex pré-frontal. Actualmente a teoria dopaminérgica tem fundamentos mais eficazes e apresenta uma relação directa com os antipsicóticos utilizados no tratamento da Esquizofrenia.
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